Alguns fiéis criticaram as mudanças feitas pelo Padre Evandro na abertura do Festejo de Nossa Senhora de Lourdes de Batalha-Pi. Por exemplo, durante o levante do mastro o Apostolado que sempre ficara ao lado do altar, desta vez ficou abaixo da escadaria, exceto algumas senhoras mais idosas. O local teria sido reservado apenas para o regilioso e a comissão organizadora da festa.
Depois da procissão foi realizada uma missa campal que durou quase duas horas! A maioria estranhou, pois tradicionalmente era feito apenas a Bênção e fixação do mastro de Nossa Senhora de Lourdes, depois todos seguiam para suas casas. Muitos idosos que já vinham de uma maratona da procissão, cansados, tiveram que assistir à celebração religiosa em pé. Alguns deixaram o local antes do final da Santa Missa.
Padre Evandro falou a nossa reportagem e explicou as razões das mudanças na programação do Festejo. Primeiro, esclareceu o porquê das cordas e torniquetes de ferro separando as pessoas do altar:
“Na escadaria ficavam o apostolado, crianças, adultos e idosos; conclui que eles estavam atrapalhando a visão da multidão lá em baixo. Determinei que fosse feito um cordão de isolamento evitando aglomeração de pessoas próximas ao altar, assim todos teriam a visão do local, da imagem de Nossa Senhora de Lourdes e do Padre que estava proclamando a palavra de Deus. Foi somente para organizar, melhorar o visual, a estética, e também para funcionar bem a missa. Toda mudança gera resistência. Mas é necessária!
O religioso comentou que é impossível disponibilizar cadeiras para todos. “A partir do dia 10 as novenas serão realizadas lá fora, no mesmo lugar, seguindo o mesmo ritual do dia 5, pois a Igreja não comporta todo mundo. Gostaríamos de oferecer assentos para todos, mas é impossível. Mesmo que agente coloque todos os bancos da Igreja pra fora e mais 100 (cem) novas cadeiras recém adquiridas, mesmo assim ainda não dá. O ideal seria que todos trouxessem de casa uma cadeira ou mesmo um banquinho”, disse Padre Evandro.
Perguntado também se as missas são longas. “Existem vários tipos de católicos na igreja. Existe o tipo que não gosta de missa longa; ele vai à igreja, reza um Pai e Nosso, e depois vai pra casa com consciência moral aliviada de que participou de uma “missa”. Para ele, quanto mais curta melhor. E se o Padre prega pouco, o que é que vão dizer? Padre preguiçoso, a missa dele é muito rápida!!! E vão logo me denunciar para o bispo. Quando a gente prolonga mais um pouco, vem essas criticas. Pessoas que criticam que a missa é longa geralmente são aquelas que não vão a missa dominical, participam apenas no período do festejo”, respondeu o religioso.
Padre Evandro disse mais: “Estou amando Batalha! O povo desta cidade é super acolhedor, e não serão críticas que vão me abater, inclusive gosto de ouvir opiniões. Aquilo que as pessoas estão certas eu procuro me melhorar, pois não sou perfeito. Sou um padre novo. Tenho minhas limitações. Também estou pronto para respeitar as tradições, obviamente, porém melhorar na medida do possível.
Fonte: Folha de Batalha
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