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sábado, 7 de agosto de 2010

O tempo é dinâmico e veloz, é preciso ocupá-lo amando e fazendo o bem a todos!

Nesta foto aparecem da esquerda para a direita Ir. A. Clara, Ir. A. Graças, ambas já serviram à Paróquia de São Gonçalo, Ir. Clara, no ambulatório paroquial e Ir. Graça, como vigária, num tempo que Batalha não tinha Pároco, seguido do inesquecível Pe. Pinto, Ir. A. Donata Paulo da Silva, atual da comunidade Jesus Maria e José que completa 25 anos de fundação dia 10-08-10 e Pe. Leonardo de Sales, amigo das irmãs Filhas de Sant’Ana.

O tempo passa! “a vida do homem é como um sopro, seus dias, uma sombra que passa” (Sl 144,4). Considerando a imensidão do universo e seu tempo incomensurável, a brevidade da vida humana faz pensar ainda mais no mistério da vida e na atenção privilegiada que Deus tem por nós: “quando olho para teu céu, obra de tuas mãos, quando vejo a lua e as estrelas que criaste, eu me pergunto: que coisa é o ser humano, para dele te lembrares, o filho do homem, para o visitares?!” (Sl 8,4-5). De fato, Deus teria tanto para pensar e se preocupar neste imenso universo. No entanto, seu olhar está voltado, justamente, para nós, frágeis e pequenas criaturas... Somos insignificantes para o mundo que nos abriga.

Passamos nós, e as árvores continuam a crescer, os rios a correr... Desaparecemos de cena, enquanto as rochas continuam lá, imóveis, impassíveis, assistindo os milênios que desfilam diante delas... Faltamos nós e o mundo continua a girar do mesmo modo... Seguem sem alteração os ritmos do sol e da lua, as estações do ano se repetem sem dano... Somos pequenas e frágeis criaturas e nossa vida está sempre por um fio... “Senhor, que é o homem, para cuidares dele? Um filho de Adão, para nele pensares? (Sl 144,3).

E, no entanto, nós valemos muito, porque Deus olhou para nós com predileção; partilhou conosco algo de sua inteligência, deu-nos a capacidade de sintonizar com ele, de acolher seu amor e de corresponder com ele livremente. As montanhas louvam a Deus com sua dureza e fixidez; as árvores não choram,quando morre quem as plantou, mas sem o saber, manifestam a glória do Criador, dando sombra, flores e frutos. As estrelas piscam à noite, a terra gira sem cansar, a lua conta os meses do ano... É um poema grandioso, rítmico, mecânico, exato à magnificência do Criador!

A nós, porém, Deus concedeu uma capacidade única: podemos cantar consciente e livremente seu louvor! Diversamente dos rios, das rochas e dos bichinhos, podemos reconhecer e acolher seu amor e corresponder com ele em nossa vida. Deu-nos inteligência e capacidade para mexer na obra de suas mãos, para o bem, é claro; podemos reconhecer o que é bom e aderir a isso, e não ao mal. “Tudo puseste sob os seus pés, ovelhas e bois, todos os animais do campo, as aves do céu e os peixes do mar, tudo o que se move no mar!” (Sl 8,7-9).

Pequenino é o homem neste grande universo, mas Deus o quis parceiro de sua obra, guardião do belo jardim que plantou: “No entanto, o fizeste só um pouco menor que um deus, de glória e de honra o coroaste! Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso o teu nome em toda a terra!” (Sl 8, 4.10).

Neste 25º aniversário da fundação desta comunidade, convido as irmãs Filhas de Sant’Ana a renovarem a disposição de servir a Igreja nesta terra que nossos antepassados chamaram desde cedo “Terra de São Gonçalo”. Com as forças que Deus lhes dará. E convido a Paróquia inteira a abraçar com alegria e generosidade a missão de testemunhar, de muitos modos, a presença de Deus nesta cidade, especialmente junto das pessoas que têm maior necessidade de sentir um sinal de nosso amor samaritano. Somos discípulos e missionários de Jesus Cristo neste sertão pluralista e complexo. Tenham a certeza de que Ele vai convosco e não as deixará, pois ele mesmo disse: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20).

Jesus dirige essas palavras aos discípulos depois de lhes ter confiado a missão de ir pelo mundo inteiro para levar a sua mensagem. Ele estava bem consciente de que os mandava como ovelhas em meio aos lobos e de que eles haveriam de sofrer contrariedades e perseguições. Por isso não queria deixá-los sozinhos nessa missão. E assim, justamente no momento em que está a partir, promete que vai ficar!    

Os discípulos não o verão mais com os olhos, não ouvirão mais a sua voz, não poderão mais tocá-lo, mas Ele estará presente no meio deles, como antes, ou melhor, mais do que antes: porque, se até então a sua presença se localizava num lugar bem determinado (em Cafarnum, ou junto ao lago, ou na montanha, ou em Jerusalém), de agora em diante Ele estará em todo lugar onde estiverem os seus discípulos. Sobretudo, na força da Eucaristia, que tem alimentado durante todos estes anos as vossas vidas de consagradas a Deus nesta família religiosa fundada por Madre Rosa Gattorno.

Continuem cantando este hino de amor a Deus no gosto pelo serviço aos outros, nutrindo sempre o sonho de melhorar a vida, fecundando o empenho pela justiça. Prezem, acima de tudo, pela dignidade humana e pelo reconhecimento da insubstituível presença amorosa de Deus no rosto de cada pessoa.

Que neste Jubileu possa estar enraizado e bem firmado no amor de Cristo (cf. Ef 3,17). Transmitir este tesouro – o tesouro constituído pelo conhecimento de Cristo – aos demais é uma tarefa que o Senhor as confia.

Pe. Leonardo de Sales - É Pároco da Paróquia São João Batista, em Balbinos, interior do Estado de São Paulo, filho de Batalha, amigo das Filhas de Sant’Ana desde os dez anos de idade.

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